galera se liga no meu tumblr FUCK ME HARD ZEUS apenas imagens do deus dos deuses mandando ver nas quebrada nao marginais



DA MONOGRAFIA

Apresentei minha monografia ontem (14/12). Foi desastroso. Por conta de um membro da banca, que, além de chegar 40 minutos atrasado para minha apresentação, dedicou 20 minutos de sua vida para me destruir eticamente, profissionalmente e conceitualmente, minha nota final ficou bem abaixo das minhas expectativas.

Foi burrice minha, porém, chamar esse professor para a banca. Para quem não sabe, minha monografia é uma defesa apaixonada de que o livro é um objeto de contemplação estética diferenciada, a partir da análise tipográfica de alguns projetos de livros de texto feitos pela designer Elaine Ramos para a editora Cosac Naify.

Eu tive a ousadia de chamar para a banca um professor novo na casa, que convidei a partir das informações que coletei em seu currículo Lattes. Me fodi. O cara, além de não gostar da Cosac Naify por causa das inclinações elitistas do dono da editora, não foi com a minha cara, porque eu tenho aquele jeitinho de quem nunca encarou um tanque de roupa suja na vida.

A partir daí, fui confrontada com uma visão puramente utilitária sobre o que é um objeto-livro que, definitivamente, não compactuo. Tive, portanto, toda minha bibliografia questionada, de forma que não sei quais textos deveria ter lido, já que a baseei na ementa básica de qualquer curso sobre tipografia. Recebi ofensas pessoais, sendo taxada de "elitista" por ter incluído a análise do projeto gráfico luxuoso da Coleção da Arte Italiana de Giulio Carlo Argan em minha pesquisa. Fui, inclusive, classificada como uma desonrosa e condenável, espera-se assim, exceção dentro da escola de comunicação da UFRJ, e, portanto, no mercado editorial nacional.

Não vou me estender, porém, com as explicações. Inês é morta; digo apenas que me senti o Eisenstein sendo taxado de pequeno burguês, e logo, proibido de filmar, pela polícia ideológica stalinista.

Como ainda estou com a cabeça quente, não devo disponibilizar por hora a minha monografia, mas prometo fazê-lo em breve. Até mais!

por Amanda Meirinho, em 15.12.09 |




2 comentário(s)
Anonymous Felipe Santoro disse…

Ideologismos de faculdade em geral só servem pra fortalecer panelismos no corpo docente e doenças venéreas em geral.
Pra mim, você é linda.

15 de dezembro de 2009 às 09:46  


Blogger Felipe Dário disse…

É muita pretensão analisar um trabalho acadêmico tão pessoal (por mais que se queira o contrário) numa só apresentação. A banca teria de conseguir colocar o coração no projeto e se aproximar do objeto emocionalmente da mesma forma que o pesquisador fez para alcançar aquilo que ele quer dizer, para ter as mesmas conclusões.

Por isso eu acho que trabalhos científicos, ao menos em Humanas, tem de ser multimídia, de uma forma que envolva totalmente o leitor naquele assunto, da mesma forma que o pesquisador se envolveu, ou não há comunicação!

A Cosac tem livros muito bons, do texto ao acabamento, por preços "em conta". De que adianta lançar livros a R$ 15, como a Martin Claret, se eles são um suplício para ler?

E ninguém pode dizer que designers que estudam tanto, como Elaine e Amanda, desprezam o caráter funcional que o livro deve ter. É só ver os posts de making of neste blog: quem passa horas calculando uma entrelinha não quer fazer um produto de luxo, mas uma ferramenta de conhecimento adequada.

15 de dezembro de 2009 às 09:52  


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"Nem por todo chá na China" é uma corruptela da expressão "nem por todo o chá da China", que quer dizer "nem que a vaca tussa", "nem daqui a mil anos", ou, enfim, "nunca". O título é uma tradução livre de um trecho de All my Little Words, The Magnetic Fields: Not for all the tea in China/Not if I could sing like a bird /Not for all North Carolina/ Not for all my little words.

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