Ontem Pedro Acosta me ligou para acertarmos alguns detalhes sobre a filipeta da performance dele, e, no embalo da conversa, ele me perguntou quando é que eu vou fazer meu comeback à cena festeira carioca. Bem, eu ensaiei um comeback há algumas semanas, quando teve a Pedalinho, mas choveu tanto no dia que eu achei que não ia ser uma boa ir assim desprevenida em um evento ao ar livre? Pedro me disse que a Pedalinho, malgrado a filipeta maravilhosa, foi uma puta furada, mas por isso eu já esperava. Eu adoro os meninos que fazem (faziam?) a Hang the Dj, mas a última que fui foi tão ruim, mas tão ruim, que só de saber que eles vão assinar a produção já fico ressabiada. Não que a culpa tenha sido só deles: essa Hang foi na Bunker, e quem conhece aquele lugar sabe do que estou falando. Bem vindo ao planeta dos macacos.
Na verdade, eu gosto é da Casa da Matriz, mas, como sou super bem casada e só tenho amigo gay, fica complicado de ir a um antro hétero desacompanhada. Não que algum solteiro vá necessariamente mexer comigo; se tem uma coisa que Léo Feijó e cia souberam manter foi a finesse do público frequentador. Só que fica meio chato arrastar uma bicha pra lá e ver a coitada encalhada ao som de alguma bandinha indie desconhecida. Tanto que, 20 de Abril, véspera de feriado, tentei ir pra Maldita, pois estava seca pelo indie roots de Zé e Gordinho desde setembro de 2007, mas não rolou, por dois motivos: porque Maldita em véspera de feriado é garantia de Matriz superlotada, e porque eu estava com o Robson, que não ia curtir muito as menininhas de óculos de aro grosso dançando a trilha sonora de Juno com a cara pra parede. Entrar eu até entrei, mas saí rapidinho.: me despedi do Fel, peguei minha comanda, resgatei o Robson da fila que já virava o quarteirão, e fomos tomar alguma coisa na Lapa, que é mais perto de casa, tem mais gente bonita, e dá pra respirar tranquilo.
A Hang e a Maldita eram festas que eu ia quando ainda precisava de identidade falsificada. Com o tempo, a gente assume responsabilidades, e nosso saco para festinhas vai diminuindo. Agora, com o Arthurzinho ainda sendo amamentado, fica difícil seguir essa rotina.
O mesmo eu não posso dizer dos meus amigos. A maioria parece ter seguido a tendência natural de mudar o endereço da balada com a virada dos 20's. A não ser no caso do Pedro, que foi formalmente expulso do grupo Matriz após ahazar em uma festinha, a maioria trocou as baladinhas indie por outras alternativas, como o Lounge 69, ou a Dama de Ferro. São boas escolhas, sem dúvida, apinhadas de gente bonita em clima de paquera; e o melhor, os héteros estão em minoria. Alguns estão até mudando de time: a Carol G, de frequentadora do Lounge 69 virou produtora de uma nova festa, a Moist, que possui essa filipeta linda:
Eu fechei o arquivo para impressão, daí meu carinho pela peça. A arte, do Thiago Noronha, é no mínimo bastante ousada e inventiva. Bem, dado o dj set, o resultado deve ser no mínimo satisfatório para quem curte mashups e toda a parafernália digital que tranformou todos os indies em hipsters. Recomendo.
Além da Carol G, a Letícia Monteiro também produz (e toca) na mega-ultra bombada Candy party com o Gabriel e a Larissa, e, ano passado, Millos, Bruno Americano e companhia fizeram a W, que acabou quando o público passou a ficar mais tempo esperando a cerveja no bar do que dançando na pista. Aliás, o Millos parece ter se encantado mesmo com esse negócio de festeria. Além de ter presença marcada na Moist, há algum tempo ele tocou e produziu a Os Ritmos Digitais, que, além de proposta musical mais consistente, tinha uma filipeta maravilhosa, assinada pela Camila Papavaitsis:
Além dos amigos já citados, da minha geração, o Pedro Acosta também resolveu entrar nessa vida de produtor, e fez três ou quatro edições da Seis com alguns amigos, como a Mira, que agora está com ele e o Pedro Rios (um dos meninos da Hang the Dj, aliás) na produção da Surpresa. A festa, que não tem filipeta at all, pois eu mandei mal dessa vez, é nessa quinta, e tem um blog bastante bacaninha: http://festasurpresa.wordpress.com/.
Bem, a lista é longa, e os jabás são muitos (e sinceros). Fato é que gosto muito das pessoas que citei, mas estou tão defasada em matéria de festinhas que meu maior contato com elas é pela leitura do setlist. As festas estão deixando de ser apenas eventos isolados e se tornando verdadeiros projetos paralelos, com blogs de conteúdo e blip fm lotados. E isso tudo nas mãos de uma turminha com menos de 25 aninhos. Let your body move to the music.
ps: a performance do Pedro Acosta é amanhã, às 19:30h, no Salão Muniz Aragão, no Fórum de Ciência e Cultura no campus da UFRJ, e a filipeta é essa:
Não é um luxo?
por Amanda Meirinho, em 12.5.09
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LET YOUR BODY MOVE TO THE MUSIC
Bom mesmo é ficar em casa lendo um Plotino maroto.
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